Parabéns Mariana!

Na passada segunda-feira tivemos o prazer de ir jantar a casa da Mariana Lemos, que fazia anos, e como já é um clássico tinha que haver um grupo de tugas quase "intrujados". O jantar estava óptimo (confesso que não sei se estava assim tão bom ou se era por estar a comer mal à uma semana... brincadeirinha. Estáva mesmo bom!) Bem recebidos no meio da hospitalidade de cerca de 30 brasileiros, só podiamos ter feito muitos amigos. Obrigada Mah, esperamos estar cá no próximo!

Mais uma vez, para os mais curiosos (ou para aqueles que duvidam que fizemos realmente amigos), aqui vão algumas fotografias:

                            

 (Há que frizar que comemos o MELHOR bolo do Mundo. E o melhor Brigadeiro também!) 

O País do "Jeitinho"

Ao longo do tempo vamos aprendendo a lidar com os brazucas.. Conhecidos como receptivos e bastante acolhedores, os brasileiros contagiam desde o primeiro minuto qualquer pessoa. A sua alegria, a sua vivacidade e a sua tão famosa "tranquilidade" são características que fazem deste povo um dos mais especiais do mundo. Contudo, muitas vezes é só fachada. É verdade meus amigos, é só ir à praia e fazemos logo mil "amigos". "Amigos" porque na verdade não o são! A conversa é sempre a mesma: "A gente se fala..." (não fala nunca porque num estado com cerca 13 milhões de pessoas é díficil voltar a encontrar alguém), ou "Eu te ligo..." (Não liga nada porque nem tem o número nem dá o dele...)... Enfim coisas com as quais nós já sabemos lidar pelo que a pergunta "Me dá o seu número de celular por favor" já faz parte do TOP 5 das FAQ's.

Depois da fase de apresentação, vem a fase do negócio. Tudo aqui é subornável. Tudo dá para dar "um jeitinho". A começar pelos taxis.. À primeira vez que se pergunta, levam 4 pessoas, à segunda vez, já levam 5, enfim como já devem tar a espera acabam por levar 6 ou 7 se for preciso! Os biquinis na praia... O que começa por ser 20 reais a parte de cima e outros 20 a parte de baixo, é só dar "um jeitinho" e fica a 30 reais as duas partes (e acreditem que 10 reais para eles é muito!). Com alguns professores também funciona.. Aqueles que começaram por ser rigorosos, já deram "um jeitinho" para tirar as faltas dos que chegam mais do que 10 minutos atrasados. Com os mais tranquilos, os trabalhos de casa para a aula seguinte, na verdade, são para qualquer aula.. Só tem que entregar!

Enfim entre muitas outras coisas que não ainda não tivemos possibilidade de presenciar.. Mas uma coisa é certa "a gente dá um jeitinho"!

Primeira Semana de Aulas

As aulas começaram (finalmente) segunda-feira!

Depois de termos tido um fim de semana na praia, voltámos ao trabalho. Lá fomos as quatro para a PUC, no bairro da Gávea, onde nos encontrámos com o Miguel e o Vicente.

A sensação de voltar à estaca zero é estranha: passamos nos corredores e nem um "Oi" dizemos porque não conhecemos ninguém e andamos sempre perdidas porque não sabemos onde são as salas! Se temos um problema ou uma dúvida nunca sabemos onde ir ou com quem falar para resolvê-lo! É como se fosse o "Primeiro dia de Escola".

A PUC é enorme! Tem mais de 20 edíficios e cerca de 13 mil alunos. Já percebem porque nos sentimos perdidas não é verdade? A maioria dos edíficios são grandes também, e cada um deles tem mil salas de aulas, normalmente todas pequenas. No campus da PUC há à vontade 10 restaurantes, desde restaurantes de empadas e restaurantes de massas a barracas só de iogurtes naturais com mil recheios e frutas a acompanhar. Tem livrarias, barracas de jornais, tudo o que se possa imaginar! E provavelmente ainda não vimos tudo... Isto sem contar com as cerca de 15 barracas à porta da faculdade onde se vendem brincos, espetadas de frango, carne e salsichão, pasteis, sucos, tudo! Agora já sabem que se voltarmos com uns quilinhos a mais, têm que dar um desconto!

As primeiras aulas deram para perceber que isto do português do Brasil e do português de Portugal serem a mesma língua é uma TANGA (desculpem a expressão). As expressões, e até palavras, diferentes são mais que muitas e temos que fazer um esforçozinho para conseguir decifrar muitas delas! O mesmo se passa com a escrita, acho que quando voltarmos para Portugal vamos ter que ter umas aulinhas da 1ª classe para voltar a saber escrever.

Os professores são tratados pelo nome e a expressão "Por favor" ou "Com licença" não existe nas aulas. Entra-se à hora que se quer (à exepção de um ou outro professor) e sai-se à hora que se quer. Isto quando o professor não se cansa de dar aula e manda os alunos embora 2 horas mais cedo (nós cá temos 4 horas seguidas de aula em algumas cadeiras). Para além disso, caso o aluno se sinta cansado ou com fome, pode esticar os pés apoiando-os na cadeira da frente ou comer o que lhe apetecer durante a aula! É costume ouvirmos os professores dizer "Que bonitinho, os portugueses são muito educados!". Pois, pudera...

Entre os professores que não deixam falar nas aulas e os outros que nos convidam para os copos ou para ir ver um jogo do Flamengo, são, no geral, professores exigentes! Temos que comprar livros (e temos mesmo porque infelizmente não há esse negócio de SEBENTAS) e fazer trabalhos todas as semanas o que, para quem vinha à espera de estar de férias ou de trabalhar pouco durante 6 meses, foi uma decepção (só para não dizer que foi um CHOQUE mesmo).

Mas, aos poucos e poucos vamos descobrindo alguns benefícios de ser estudante da PUC: existe um centro de fotocópias grátis e uma "Sala virtual" como eles chamam, onde os professores metem algumas ajudinhas!

Enfim, parece que até no Rio de Janeiro se estuda!

Beijinhos,

Kika


PS- As fotografias ficam para depois porque demora muito tempo!

A Estreia

Quinta-feira!! Tal como em Portugal, é dia de ir sair à noite!

E o que é que nós fizemos?! Isso mesmo! Sair à noite! Fomos para uma discoteca chamada ZeroZero, que é mesmo ao lado da faculdade.
Eram 22h quando saímos de casa para a nossa primeira noite as 4 juntas, porque a Carlota e a Teresa já se tinham estreado na Baronetti terça-feira. Lá fomos nós todas contentes a pensar "Bem se a noite começa às dez, as duas da manhã estamos em casa...". Qual quê! Chegamos a casa eram cinco da manhã!

Chegámos ao ZeroZero e estava uma fila tipo Lux ao sábado às 3 da manhã. Claro que nós, "Gringas" nem pensámos em passar a frente visto que não estamos no nosso país se quer... Confesso que há muito tempo que não ficava numa fila para entrar em discotecas... muito menos no fim da fila! Mas a coisa rapidamente ficou melhor graças à Pipa (minha prima) e à Manu que chegaram e chamaram-nos para entrar de lado, à frente de toda a gente. Parece que até aqui estamos safas das filas! Obrigada Pipa e Manu!

Entrámos e ficamos deveras contentes com o que ali se passava. O espaço é giríssimo e estava cheio de pessoas bonitas (entenda-se pessoas bonitas como pessoas limpinhas e educadas porque gente bonita no verdadeiro sentido da palavra fica difícil de encontrar...)! Um bocado desnorteadas dirigimo-nos ao bar e eu e a Pim pedimos alegremente um "Vodka Limão" e qual não é o nosso espanto quando, depois de repetirmos 3 vezes o nosso pedido (só foi lá com o sotaque brazuca mesmo..."Vojika Limão"), o barman nos dá um vodka puro a cada uma e espreme metade duma lima lá para dentro! Bem rapidamente nos apercebemos que Vodka Limão não existe aqui.. Só tem Caipivodka!

À medida que o tempo passava toda a gente se apercebia que eramos gringas (não tem como não perceber a começar logo pela roupa: elas cá vestem-se como se fossem todas para um casamento!)
Conversa puxa conversa e fomos fazendo alguns amigos (FINALMENTE temos amigos) e confirmámos o que já nos tinham dito: os cariocas são todos muito simpáticos!

À volta ainda passamos no Koni e finalmente chegámos a casa com a certeza que o programa é para repetir!
Para os mais curiosos, aqui vão algumas fotografias da noite:

Beijinhos,

Kika

É Inverno!

Aos poucos e poucos vamos descobrindo o porquê da "Cidade Maravilhosa". Hoje esteve um dia de "inverno", o que significa que saímos de casa de havaianas nos pés e biquini posto, prontas para irmos dar o nosso primeiro mergulho em águas cariocas. E que mergulho! Água morna e 26ºC foram os ingredientes suficientes para termos um óptimo dia de praia. E porque achamos que o que é bom é para se ver, aqui vão algumas fotografias:

Um clássico...

Pensamento do dia: Se isto é Inverno, o que será o Verão?!

Home Sweet Home

Já vos falei dela mas ainda não a apresentei como deve ser... Esta é a nossa casinha!


A cozinha...

O [MEGA] quarto da Teresa

O quarto da Kika e da Carlota (sim dadas as áreas corporais de nós as duas acho que é óbvio qual é a cama de uma e qual a cama de outra...)

O quarto da Pim

A nossa sala

A nossa sala e a "casa de jantar"

Digamos que não estamos nada mal instaladas, aceitam-se marcações para estadia na Cidade Maravilhosa!

Beijinhos

Kika

Primeiros Dias

Pois é, cá estamos na tão famosa Cidade Maravilhosa!

Os primeiros dias de maravilhoso tiveram pouca coisa, daí a demora a criar o blog! Desde compras para a casa à instalação da internet sem fios, foram 3 dias de muita correria!

À exepção da cozinha, a nossa casa é óptima! É a 3 quadras da praia, ao lado do Shopping Leblon, a 15 minutos da faculdade e num condomínio razoável. Tem uma sala óptima, 2 casas de banho e 3 quartos normalissimos, só falta mesmo um armário num deles. Mas nada que não se resolva com uma ligada para Portugal. Obrigada Xana!

Começámos a nossa vida carioca num McDonnalds (que estranho han!), mas acreditem que fomos lá parar por acaso. O que nós procurávamos mesmo era o supermercado Sendas (aconselhadas pelo nosso querido amigo Vasco Fino), onde tratámos das primeiras compras para a casa.

No dia seguinte, já com a luz do dia, reparámos que o estado de limpeza da casa deixava muito a desejar. E aqui começaram as dores de cabeça! Pedimos à senhora que nos alugou o apartamento para mandar vir a fascineira. E assim foi. O problema é que fascineira é só mesmo de nome porque a casa ficou na mesma: cabelos nas casas de banho e alguns restos de comida no frigorífico, deve ser para não passarmos fome!
Posto isto, nada como uma ida ao shopping para tratarmos da internet que, não fosse isto o 3º mundo, é por cabo! Claro que pára numa loja, pára noutra… Voltamos 3 com um biquini novo! Afinal de contas, estamos no Brasil!

“Wireless” foi a palavra que mais usamos nestes dias. A segunda foi “adaptador de corrente” visto que o carregador do computador e os secadores de cabelo não funcionam nestas tomadas! Corremos a cidade inteira para encontrar um adaptador, mas ao 3º dia lá conseguimos (mas mesmo assim não funciona!). Quanto à internet lá comprámos um rooter que so deu resultado hoje, depois de um técnico vir tratar do assunto (e ter passado cá 5horas)!
Fora tudo isto, ainda não houve nada de mais. Noite? Não, ainda não… Praia? Nem por isso mas acho que amanhã nos vamos estrear! Fotografias? Zero! As meninas ainda têm medo de andar de máquina na rua..

Comentámos entre nos que “isto nem parece eramus, tem a mesma língua”… Pois é, a mesma língua mas mesmo assim a comunicação é difícil. Tudo obriga a um sotaque brazuca: palavras como “cheeseburger”, “blockbuster” (entendido como Banco Baster onde supostamente se depositam cheques – nem existe!), “Big Mac” só mesmo dizendo “CHIZIBÚRGUER”, ou “BLOCKIBÁSTER” ou ainda “BIGUI MÁKI”. Isto sem contar com alguns termos técnicos que são diferentes, mas mesmo assim a Piedade tentou pedir “uma esfregona”… Óbvio que sem resultado porque aqui só tem “Mópi”!

Já à Teresa pediram-lhe que falasse português quando tentou dizer o nome da rua (ironicamente era o segurança que faz a vigia dessa mesma rua).
Enfim, parece que estamos mesmo em Erasmus!

Beijinhos,
Kika